Balanço da Temporada - GFA Académicos de Elvas

O FORCADO AMADOR está a publicar um ciclo de pequenas entrevistas de balanço de temporada aos cabos de todos os Grupos de Forcados que actuaram este ano nas arenas portuguesas.
Depois dos cabos dos Grupos de Évora, Caldas da Rainha, Monforte, Monsaraz, Pinhal Novo, Montemor, São Manços, Beja, Lisboa, Moita, Vila Franca, Ap. Barrete Verde, T.T. Terceirense, Arronches, Ribatejo, Salvaterra, Alter, Apos. da Chamusca e Cascais e que pode rever no separador "ENTREVISTAS", publicamos agora o balanço da temporada do realizada pelo cabo dos Académicos de Elvas - António Caldeira Patrício.

Os Académicos de Elvas iniciaram a temporada 2012 com uma digressão à Venezuela, pegaram também em França e por 11 vezes em Portugal. Realizaram 56 tentativas para pegar os 27 toiros que enfrentaram nas nossas arenas, com uma média de 2,07 tentativa/toiro, posicionando-se no 19.º lugar do nosso Escalafon de Corridas (dados FORCADO AMADOR).

A apresentação dos Académicos ao público foi a dia 10 de Junho de 2000 na Praça de Touros da Terrugem, pegaram-se 4 novilhos das Ganadarias Goes e Brito Limpo, nesse espectáculo o Grupo contava apenas com 11 elementos, saiu a Cabo Ivan Nabeiro que assumiu o comando do Grupo até 2011, ano em que “entregou a pasta” ao forcado António Caldeira Patrício. O nome de Académicos surgiu pelo facto de todos os fundadores serem estudantes aquando da formação do Grupo

Forcado Amador (F.A.) - Quantos elementos se fardaram em 2012 com a vossa jaqueta?

António Patrício (A.P.) - 39 elementos.

(F.A.) - Qual a idade do forcado mais novo, do mais velho e qual a média de idades?

(A.P.) - O mais novo 16 anos; o mais velho 31 anos; média 24 anos.

(F.A.) - Qual o balanço geral da temporada de 2012 para o seu grupo?

(A.P.) - Considero uma temporada que correu dentro da normalidade, em que pegamos um total de 13 corridas, não foi das melhores épocas do grupo mas não se pode considerar uma época má, houve muitos miúdos novos a fardarem-se pela primeira vez e alguns a destacarem-se e mostrar provas para confiar neles nas próximas épocas. Fica marcada a época negativamente, por não termos feito mais corridas e por não termos pegado no Campo Pequeno.

(F.A) - Qual o momento que destaca pela positiva em 2012?

(A.P.) - Os momentos altos da temporada considero que foram a corrida de seis toiros Maria Guiomar em Elvas e as digressões tanto a Franças (St. Remy de Provence) e a Venezuela (Mérida).

(F.M) - E pela negativa?

(A.P.) - Os momentos piores são sempre as lesões que decorrem ao longo da época..

(F.A) - Infelizmente os forcados têm que saber conviver com as lesões provocadas por colhidas. Quais as lesões mais graves que ocorreram no seu grupo? E como estão a recuperar os forcados em causa?

(A.P.) -s lesões mais graves desta época foram dois forcados com luxação do pé, um com luxação do ombro e um com traumatismo crânioencefálico. Graças a Deus alguns já recuperaram totalmente ou estão a recuperar favoravelmente.

(F.A) - Uma mensagem para todo os que nos lêem...

(A.P.) - A mensagem que posso deixar, em nome do nosso grupo, é para que os aficionados portugueses continuem a defender a nossa festa para que ela perdure, e que a melhor maneira de o fazer é marcando presença nas nossas praças. Sabemos que os tempos que correm estão difíceis, por isso o esforço também tem que ser feito por quem participa internamente na festa (empresários, ganadeiros, toureiros, forcados, bandarilheiros, etc.) para proporcionarem condições para que a afluência de público às nossas praças aconteça.